A história de Troia continua viva. O rapto da bela rainha Helena faz os gregos lançarem mil navios contra a cidade, fazendo-lhe cerco por dez longos e sangrentos anos. O palco está montado para a maior história alguma vez contada, em que paixões desmedidas enfrentam ideais louváveis e astúcia mesquinha.
Troia. O reino mais maravilhoso do mundo. A joia do Egeu. Reino de ouro e de cavalos. Viveiro de profetas, príncipes, heróis, guerreiros e poetas. Durante anos, foi o protótipo de tudo o que pode ser alcançado nos campos da guerra e da paz, do comércio e dos tratados, do amor e das artes, da governação, da compaixão e da harmonia entre os cidadãos. A sua queda abriu um buraco no mundo humano que nunca poderá ser preenchido, salvo talvez na memória.
Assim que despertou com os gritos, berros e confrontos nas ruas, o rei Príamo sabia que a cidade de Troia estava a ser tomada. Os troianos foram apanhados completamente de surpresa e não houve compaixão. Por muito que simpatizemos com os gregos e aclamemos Odisseu, Menelau e os outros, não podemos senão sentir piedade pela cidade de Troia e pelos seus cidadãos.
Os pecados e as imperfeições da humanidade marcam o drama de Troia, mas são equilibrados pelo amor, a honra, a sabedoria, a bondade, o perdão e o sacrifício. E estes são os mesmos elementos instáveis que constituem o mundo humano. Neste livro absorvente, Stephen Fry retrata Troia, o seu fim retumbante, mas também o seu início, uma história com muitas voltas e reviravoltas, e o seu legado duradouro para a nossa História.
